BH 120 anos
No aniversário de Belo Horizonte, que completa 120 anos, convidamos MC's da cidade para rimarem sobre BH. Improviso com imprevisto: a chuva. É vida real. Preto no branco, que deixa a cidade naquela deliciosa nostalgia...

Dia 12 de dezembro de 2017. Aniversário de Belo Horizonte. 120 anos. Uma vovozinha essa nossa cidade... Mas, com muita vida pela frente!
A ideia de homenagear Belo Horizonte foi a seguinte: chamar alguns MC´s da cidade para rimar sobre Beagá.
Fernando Castilho, Gurila Mangani, Izabel Sabino e Vinicin toparam o desafio. Tudo no improviso. Contando com o imprevisto. Choveu..



Quem trabalha com vídeo sabe o que um dia de chuva significa: desafio! É difícil gravar debaixo d´água, correndo o risco de os equipamentos molharem.
Mas fazer o quê?! A vida da gente é assim mesmo, não é? Tem dia que o tempo fecha. Depois ele abre. O negócio é saber aproveitar o lado bom das adversidades. Então toma: BH com chuva é linda. É nostálgica. Combina com a ausência de cores. Então, o vídeo do aniversário da cidade ficou assim: em preto e branco. Simples. Real.
E enquanto eu esperava uma trégua da chuva para gravar uma cena, assentada no meio fio, no centro da cidade, tive uma inspiração. E escrevi o que a cidade significa para mim...
Saudoso Arraial Curral Del Rei.
Também já foi chamada de Cidade de Minas.
Hoje o nome é Belo Horizonte.
Mais conhecida como Beagá.
Carinhosamente chamada de Belô.
Ou simplesmente casa, lar.
Tem gente q chama de roça grande. Pode chamar à vontade!
Somos 2 milhões e meio de comedores de pães de queijo, bebedores de café, de pinga.
Nós, belo-horizontinos, temos o dom de trazer a simplicidade da roça para a cidade grande.
A gente abre a porta da casa da gente, recebemos visita como ninguém.
Mas BH é muito mais do que isso. Uma cidade plural, moderna.
Mas tem que ter perna. Preguiçoso não sobe morro não!
E a gente é cercado de montanhas. Nossas ruas são a metáfora perfeita da vida, que sobe e desce. Perde e ganha.
Mas, chega de me gabar, afinal de contas, mineiro não é disso não. A gente come quieto. Não somos iguais a uns e outros que ficam falando de si por aí.
A gente é o que é e ponto.
E isso nos basta. Há 120 anos.